Manuel BandeiraData de nascimento: 19 de Abril
de 1886Data de falecimento: 13 de Outubro
de 1968 (82 anos)Local de falecimento: Rio de Janeiro, (RJ)
Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho (Nasceu em Recife, 19 de Abril de 1986 — Morreu no Rio de Janeiro, 13 de Outubro
de 1968) foi um poeta, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor brasileiro.Em 1903, em São Paulo, começa a frequentar cursos de arquitetura, na Escola Politécnica, e de desenho, no Liceu de Artes e Ofícios, abandonando-os em seguida, por causa da doença tuberculose. Inicia então uma viagem, em busca de tratamento, por cidades brasileiras e estrangeiras.
Numa dessas viagens, no sanatório de Clavadel, Suíça, onde ficou de 1913 a 1914, torna-se amigo do poeta francês Paul Éluard (1895 - 1952), com quem toma conhecimento da literatura de vanguarda francesa. De volta ao Brasil, fixa residência no Rio de Janeiro, onde estréia, em 1917, com o livro de poemas "A Cinza das Horas", numa edição de 200 exemplares custeada por ele mesmo. Em 1920, muda-se para a rua do Curvelo e conhece Ribeiro Couto (1898 - 1963), seu vizinho. Numa reunião na casa do poeta Ronald de Carvalho (1893 - 1935), em 1921, aproxima-se de Mário de Andrade (1893 - 1945) e Oswald de Andrade (1890 - 1954) e do crítico Sérgio Buarque de Holanda (1902 - 1982), tendo mais conhecimento das idéias modernistas dos escritores Paulista.
No ano seguinte, inicia uma intensa correspondência com Mário de Andrade. Apesar de não participar da Semana de Arte Moderna, realizada no Teatro Municipal de São Paulo , seu poema Os Sapos, lido por Ronald de Carvalho, provoca protestos do público. É premiado, em 1937, pela Sociedade Felipe d'Oliveira pelo conjunto de sua obra. Entre 1938 e 1943, leciona literatura no Colégio Pedro II e, em 1940, é eleito membro da Academia Brasileira de Letras (ABL). A partir de 1943, leciona literatura Hispano-americana na Faculdade Nacional de Filosofia, onde permanece até 1956.
Em 1966 recebe, em Brasília, a Ordem do Mérito Nacional, por ocasião dos seus 80 anos de idade. Morre em 1968, no Rio de Janeiro. Além de poeta, Manuel Bandeira exerce uma intensa atividade como cronista, crítico de literatura, cinema e artes plásticas, antologista, ensaísta e tradutor. Sua obra, marcada por aparente simplicidade, vale-se do apuro técnico e musicalidade ao tratar de temas do cotidiano. Vinculado ao modernismo, nunca deixa de lado as formas tradicionais como sonetos, redondilhas, baladas...